O Homem não se inspira porque se prende. O Homem cego não sabe que se pode inspirar. O Homem cego não sabe que pode virar a sua vida. O Homem cego não sabe que pode tomar as rédeas do livre-arbítrio.
O Homem comum não passa de um macaco, com pelos mais pequenos. Aquilo que definia o primeiro Homem - utilização de instrumentos, por exemplo, na caça - é hoje observável em pelo menos uma espécie de "macacos".
Esta é a incoerente e incessável necessidade do Homem de classificar e dominar tudo o que o rodeia, mesmo que não o entenda.
Mas o que é que nos rodeia?
Será que percepcionamos tudo o que nos rodeia? Será que o que percepcionamos é o que nos rodeia?
Homem...
O inconcreto é mais verdadeiro que o concreto, pois não ilude. Não faz o Homem pensar, na grandiosidade de sua ignorância, que conhece verdadeiramente alguma realidade. Nada é descritível, mas tudo pode ser sentido. O conhecimento é matreiro, porque é relativo. Conhecer uma realidade é, portanto, relativo, pois qualquer realidade o é. Achar que se conhece uma realidade é relativizar o relativo. Na verdade, tudo é relativo, exceptuando uma única verdade: a essência, o ser.